segunda-feira, novembro 12, 2018

Tudo passa!


Quando você estiver com um problema de difícil solução, ou estiver triste, desesperado, infeliz... Lembre-se disso: nesta vida, tudo passa. O Tempo pode ser o nosso cruel inimigo, mas ele também cura todos os males. O Tempo pode ser nosso grande aliado.

Como passar pelas turbulências da vida?? A fé ajuda muito. Se você acredita em Algo maior, que todos somos Um, que existe uma inteligência superior, fica mais fácil atravessar os percalços da vida, sabendo que seu Pai Maior sempre olha por você. Muitas vezes, a solução não é a que desejamos inicialmente. Mas é a solução possível.

Quem somos nós, pobres seres humanos ignorantes, para saber o que é melhor para nós, não é mesmo? Quem acredita em Jesus, já rezou o Pai Nosso inúmeras vezes... "que seja feita a Tua vontade, Pai". Não se trata de conformismo, mas sim de aceitação do que a Vida nos reserva. Vamos receber essa dádiva com humildade, amor, gratidão. E assim o dia fica mais luminoso, o coração mais leve e a vida mais fácil de ser vivida.

Tudo nesta vida passa.

Inclusive aqueles momentos mais felizes, mais esplendorosamente alegres (como as festas de casamento, por exemplo), também passam. No dia a dia não tem tanta alegria esfuziante. E ainda assim precisamos viver. Precisamos seguir em frente, precisamos lutar pela sobrevivência neste nosso mundo material. Precisamos nos levantar da cama de manhã a acreditar que teremos um dia magnífico, o nosso HOJE! O dia é o agora. É aqui que estamos, aqui e agora. O melhor lugar do mundo!

É assim...

Então, nesta segunda-feira, olhe a vida com mais leveza e alegria e, se possível, mais fé.

Boa semana!

segunda-feira, novembro 05, 2018

Aflição, agonia, irritação...


Será que tudo isso acontece devido à nossa pouca fé?? Todos esses sentimentos rondaram o meu dia hoje. Quem acredita em Deus e em Jesus não deveria se deixar dominar por esses sentimentos tão sórdidos e negativos. Esse baixo astral. Sabemos muito bem que estamos aqui mergulhados nesse pobre planeta de expiação e provas, não nos lembramos das besteiras que já fizemos em nossas vidas passadas. As situações vão se apresentando diante de nós, as mais variadas, das mais tristes e desesperadoras, às mais felizes, alternando-se rapidamente, freneticamente. Muitas vezes, somos levados a tomar atitudes desvairadas e nos arrependemos depois.

Já falei antes sobre arrependimento aqui. Atire a primeira pedra quem nunca se arrependeu de nada. Duvido que exista tal pessoa.

Como escapar desse rolo compressor?? A gratidão é uma forma de tentar driblar esses sentimentos mesquinhos, vamos olhar pra tudo de ótimo que temos ao nosso redor e vamos começar a agradecer por tudo. Agradecer muito, sempre e sempre. Pelos cinco sentidos, pela luz que chega às nossas retinas, pelo sol, a lua, as estrelas, as árvores, a saúde e até a doença, que faz com que valorizemos ainda mais a saúde. O riso da criança, o perfume das flores, o cheiro do mar. As viagens, nossos pés que nos conduzem pelas caminhadas pelo quarteirão.

A lista é quase infinita. Vamos exercitar esse novo olhar, e as coisas começam a ficar mais leves, mais fluidas, as necessidades vão diminuindo, as aflições vão virando sentimentos bobos que podemos aposentar.... A agonia vai desaparecendo em meio às sensações suaves da gratidão que brota de dentro dos nossos corações. A irritação perde completamente a razão de ser.

A gente vai evoluindo bem devagarinho, mas vai.

Passamos a cultivar um olhar mais espiritualizado, valorizando bem menos as coisas materiais do que as imateriais. A idade tem disso também, quando aprendemos o bem envelhecer, o bem sofrer. Porque não tem só alegrias e felicidades na vida e o bacana é justamente aprender com a experiência a lidar com os momentos menos felizes. De que jeito?? Usando mais a nossa fé. Caramba... com um pai tão poderoso quanto Deus e um irmão tão amoroso quanto Jesus, a gente pode relaxar. Deitar a cabeça no travesseiro e esperar pela viagem astral que nos levará a caminhos que estejam na mesma sintonia da nossa alma.

Se você não acredita em Deus, não faz mal. Agradeça ao Universo, ao fato de estar vivo, aos seus pais, que te concederam a Vida.

Sejamos mais leves, tenhamos mais fé, pratiquemos mais a gratidão. Cultivemos o amor, a caridade. Experimentemos a alegria da caridade praticada no dia a dia, com o nosso próximo mais próximo, dentro de casa mesmo. O perdão... exercitemos mais o poder de perdoar sempre (e esquecer). Estaremos tão preocupados em encontrar motivos para agradecer, que os percalços da vida vão passando a segundo plano.

Ah, que mundo maravilhoso....

segunda-feira, outubro 01, 2018

Minha querida amiga Catarina



Durante uns dois anos, eu acho, trabalhei no centro de São Paulo, na assessoria de imprensa do Banespa. Ficava no 33 andar daquele edifício Altino Arantes, que é um dos cartões postais da cidade de São Paulo. Para chegar lá, precisávamos tomar dois elevadores.

Lá conheci a minha amiga Catarina. Nós nos identificamos na hora. Ela falava de vidas passadas. Não gostava de andar de metrô, só de ônibus. Almoçávamos juntas, fazíamos compras na 25 de Março, estávamos sempre juntas. Divulgávamos as exposições que aconteciam no Museu Banespa. Naquela época, a gente tinha que se revezar para usar o computador. Dá para imaginar uma coisa dessas? Ela me levou para fazer umas “vivências” em um tempo em que nem a meditação ainda era moda. Criamos o projeto da revista Universo, uma revista zen, que nunca saiu do papel, embora tenhamos nos dedicado muito a ela. Ela foi até minha madrinha de casamento. Ou seja, éramos muito próximas.

Mas como eu pouco parei nos meus empregos ao longo da vida profissional, nós nos distanciamos, dadas as contingências, mas nunca nos desligamos totalmente. Éramos amigas no Orkut e depois no Facebook. Ela sempre elogiou o meu jeito de escrever. Eu sempre admirei a sua capacidade, sua veia empreendedora, sua alegria, seu amor pelos animais e sua beleza também, ela sempre foi muito parecida com a Julia Roberts e ia conquistando fãs por onde passasse.

O engraçado é que quem vê de fora e observa hoje o seu merecidíssimo sucesso, pensa que ela é sortuda, e que a vida sempre foi fácil para ela. Ledo engano. Eu sei o quanto essa mulher poderosa e linda batalhou vida afora para chegar aonde chegou, por seu mérito, seu esforço, sua dedicação, sua inteligência e simpatia.

Minha amiga querida Catarina, eu soube do seu sucesso quando uma outra amiga (a Nadine), naquela época em que eu tinha escasquetado que faria o Coletivo de Conteúdo (que naufragou quando decidi ir morar em Portugal), veio me falar de você. Ela te elogiou, elogiou o seu trabalho, suas palestras e cursos. Fiquei muito orgulhosa de você.

- Ela é minha amiga! Declarei, com muita felicidade no meu coração.

O que eu quero dizer é que você merece. Você merece cada comentário, cada elogio, cada pessoa na audiência das suas palestras, cada “curtida” no Facebook e cada interação no LinkedIn.

Embora estejamos em fases muito diferentes da vida, eu estou aqui, na retaguarda, a te admirar, e a torcer por você e pelo seu sucesso. Só quero dizer que me lembro das suas belíssimas e delicadas cortinas de miçangas, me lembro do dia em que nos encontramos na Praça Benedito Calixto, me lembro da sua descolada grife São Chicquinho, e sei o quanto você ralou para ter este seu lugar ao sol hoje.

Sou uma das suas primeiras fãs e continuarei a ser, sempre. Fico feliz com as suas conquistas e com os seus voos, que, espero, sejam cada vez mais altos e peço a Deus (ou ao Universo) que derramem cada vez mais bênçãos na sua vida e no seu caminho.

I love you.

sexta-feira, setembro 28, 2018

Para não dizer que nunca falei de política


Por que a política não dá certo no Brasil
Eu acho que all you need is love, que é o slogan deste meu blog. Mas hoje, vou falar de política. Mesmo porque tudo de que o Brasil precisa é de amor. E nenhum dos candidatos a presidente fala em amor. Nenhum deles.

Também fui influenciada pela seguinte postagem no Facebook de um amigo: “No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise.” Homero para Dante Alighieri, em A Divina Comédia.

Como não quero ir para o inferno, embora não acredite que ele de fato exista (mas isso é tema para outro post), resolvi falar (ou escrever) sobre o meu ponto de vista, muito particular.

Estive a refletir nos últimos dias e vi que a política não dá certo no Brasil por vários motivos. Mas tem um que nunca vi ninguém falar. O brasileiro vota como se fosse um jogo, uma competição, e o seu desejo é “ganhar” – ele quer que o candidato dele ganhe. Por isso, não vota em quem ele acredita que será o melhor governante, mas em quem ele acha que tem mais chances de ganhar. E as pesquisas são perversas, nesse sentido. As pessoas votam em que está na frente nas pesquisas. Elas querem “ganhar” esse jogo eleitoral.

A maioria não busca conhecer as propostas dos candidatos, a maioria nem sabe o que é esquerda e direita. As propagandas (todas, sem exceção) são enganosas. E o povo sofre. Meu Deus, como sofre esse povo brasileiro! Como sofrem os miseráveis que circulam pelo centro de São Paulo. Como dói ver isso.

Quem teve a oportunidade de ter uma vivência curta que seja no exterior, sabe que a faxineira da academia tem carro e tem a mesma qualidade de vida dos frequentadores da academia. Estou usando o meu exemplo, de Portugal, país que tive a felicidade de conhecer de “dentro”. A faxineira, normalmente nascida na Europa Oriental, viaja nas férias, compra comida boa e barata no supermercado, compra roupa bonita e barata, come eventualmente em restaurantes, seus filhos estudam na mesma escola do prefeito (ou do presidente da câmara), tem acesso a boas condições de saúde e de educação.

Mas aqui? Meu Deus, são quilômetros ou anos-luz de distância da realidade de lá... Outro dia desci do ônibus no ponto errado com a minha mãe e passamos atrás da Estação da Luz. Vimos pessoas em condições abaixo da miséria vivendo na rua, dormindo no chão, com lixo do lado, alguns animais são muito mais bem tratados do que aquilo. Aquelas cenas me reviraram o estômago, me revoltaram, me entristeceram. É triste, muito triste, ver como a corrupção na política destruiu qualquer esperança de uma vida melhor para aquelas pessoas. Será que algum candidato a qualquer cargo eletivo passou por ali, algum dia, mas fora da bagunça da campanha?... Será que algum deles teve a chance de ver como a vida daquelas pessoas está a evaporar em meio à sujeira, à miséria, à pobreza extrema? Será que vai adiantar votar em fulano ou beltrano, nessas eleições?

Minha fé é pouca, para qualquer lado que eu olhe. Vejo oportunistas por todos os lados. Vejo gente falsa, dissimulada, discursos vazios e propostas nulas. Vejo propostas de ódio, extremistas de um lado e de outro... até quando, meu Deus do Céu, este nosso povo vai sofrer desse jeito? Será que a vida daquelas pessoas vai mudar, quer seja fulano ou beltrano que vença essas eleições?

Nos países em que o voto não é obrigatório, a coisa pública funciona muito melhor, porque os supostos candidatos precisam ainda convencer os eleitores a votarem. Juro, eu não queria mesmo votar. Tem algum candidato que defende que o voto não deveria ser obrigatório?

Eu tenho 60 anos. Nesse tempo todo, tenho certeza que se nossos políticos fossem minimamente honestos, teria dado tempo de alguém ter mudado a situação do Brasil, se não tivesse tido tanta roubalheira, tanta corrupção. Teria dado tempo de investir em saúde e em educação, para não precisar investir em segurança. Em um período de 20 anos, uma nova geração de jovens capazes de ajudar o combalido Brasil teria sido criada. Mas nada foi feito, ou melhor, tudo o que foi feito foi na direção errada. Triste, muito triste a situação desse nosso pobre Brasil.

segunda-feira, setembro 17, 2018

Propaganda

Isso de ser jornalista não acaba nunca, né? Está no sangue, na alma, no coração. 

Podemos trabalhar onde for, no que for, ou podemos já estar em plena aposentadoria, como é o meu caso, mas a mania de escrever e de fazer reportagens não "sara" nunca. 

Morei durante um ano em Portugal (no Algarve) e escrevi tudo sobre a minha experiência no livro "Destino Algarve". 

O livro está à venda apenas comigo. Quem tiver interesse ou souber de alguém que tem o desejo de morar em Portugal e que possa se interessar, por favor, faça o link. 

Para comprar, tem duas alternativas: ou na Amazon (e-book) ou diretamente comigo. 

Olha só o comentário da minha amiga Marinetti: 

Oi Silvia, tudo bem? Terminei de ler seu livro agora, ameeeiii!

Inspirador, leitura deliciosa, leve, muita coisa em comum, na infância, juventude...
Cheguei a sentir "ciúmes" de Portugal, achei que chegaria lá primeiro, há mais de 20 anos atrás...rs Ainda não perdi a esperança de também cruzar o oceano para o velho mundo...
Fiquei com gostinho de "quero mais" , tomara que a sua inspiração sirva para nos brindar com a continuidade dessa história linda!
Parabéns!!! Show!
Um beijo grande 

quarta-feira, maio 30, 2018

Adeus, titio!


Hoje o mundo fica mais silencioso. Meu tio Leônidas foi fazer suas batucadas e cantorias no céu, junto do vovô Norberto, da vovó Ene e da Madalena, que o antecederam nesta passagem para o mundo espiritual.
Nós nunca fomos muito próximos, mas eu gostava dele. Ele me deu um LP do Credence Clearwater Revival nos anos 60/70, por aí. Puxando pela memória, acho que foi ele que me deu o primeiro chiclé Ping Pong também. Solteirão, a gente achava que ele nunca ia se casar. Até que conheceu a Madalena e ela deu um rumo na vida dele. Nasceu o meu único primo, o Rogério, e a vovó Ene entrou em cena, para cuidar do netinho, porque a Madalena tinha problema de coração.
Meu tio adorava cantar, tocar violão e animar as festas. Os amigos o chamavam de Léo. Ele sabia cantar o Trem das Onze de trás para frente.
Por isso, hoje o céu ficará mais feliz com a chegada dele.
Que ele seja bem recebido, com festa, e que a família toda receba bênçãos de luz, de consolo, e de aceitação.
Sentir muito é só uma expressão vazia.
Eu queria estar pertinho da minha mãe, para abraçá-la e confortá-la. Mas as coisas não funcionam sempre como a gente quer, né?
Nossa tarefa é continuar a viver a nossa vida, fazendo sempre mais do que nos deixa felizes.
Vai, titio, vai deixar o céu mais alegre também.

sábado, maio 26, 2018

Mudança de vida


Quero deixar registrada aqui no meu blog a data de 24 de maio de 2018. Nesse dia, fomos a uma ótica aqui em Portimão, para o meu presente de aniversário, óculos novos. Pois bem. Há alguns dias, eu estava sentindo uma dor do lado direito da barriga, fígado. Há alguns anos, um exame de ultrassom descobriu que eu tinha gordura no fígado. Fiquei bem nervosa e decepcionada, pois eu estava em uma fase especialmente comportada, em termos de atividade física e alimentação. Não tinha muito o que melhorar. O médico me recomendou tomar vinho sem álcool, mas eu nem experimentei.

Bem, depois que chegamos aqui em Portugal, a gente se deslumbrou com o vinho de ótima qualidade e preço acessível, além de todas as comidas gostosas, como o pastel de nata, por exemplo. E o resultado foi desastroso. Engordei, claro.

Para resumir a história, o senhor da ótica que nos atendeu, quando o Guilherme disse que tínhamos comprado "peixinho" e estava na sacola (saco) do Continente. ele contou que só comia "peixinho", verduras, legumes e que, com essa alimentação, conseguiu ficar em ótima forma. Ele contou que chegou a pesar 150 quilos! Foi aí que caiu a minha ficha e que eu vi que tinha solução pra mim.

Decidi naquele mesmo instante mudar radicalmente a minha alimentação.

O que estou a fazer desde então? 

1) ioga e meditação todas as manhãs antes de tomar o pequeno almoço, por influência da minha querida mestra e amiga Catarina.
2) aveia todos os dias (porque vi um vídeo dizendo que é bom consumir aveia todos os dias e eu gosto, e substitui o pão)
3) cortei completamente as bebidas alcoólicas (todas)
4) muita água (e chá de cardo mariano, presenteado pela amiga "de infância" Solange)
5) eliminei o pão e os carboidratos todos (arroz branco, macarrão, bolachas, biscoitos, etc.) só como o biscoitinho de milho natureba e também vou comprar bolachas marinheiras, que o amigo da ótica também come.
6) eliminei completamente a carne vermelha
7) eliminei completamente os doces e o açúcar.
8) minha alimentação agora é baseada em tudo o que vem da terra: grãos, cereais, verduras, legumes e frutas. E iogurtes, que eu gosto. E chás de todos os tipos e sabores.

Meu peso hoje (na balança de banheiro velhinha que já tinha aqui no apto) está em 78kg. Todo mês, no dia 24, eu vou me pesar de novo e escrever aqui no blog.

Um longo caminho começa com apenas um passo, já disse alguém.

Vamos em frente. Motivação, energia e foco.

E hoje vai ter noite mexicana aqui em casa. E eu só vou beber água com limão.

quarta-feira, maio 02, 2018

Wedding Ana & Cid


Tive a imensa felicidade e a grande honra de ter sido convidada a ler um trecho do meu e-book Destino Algarve na cerimônia de casamento da Ana e do Cid.

Foi emocionante.

Estou muito grata! Gratidão, gratidão, gratidão.

Foi uma cerimônia incrível! Cada detalhe foi cuidado, pensado, tudo muito cool e elegante na simplicidade, do jeito que eu gosto. Fiquei feliz também com o reconhecimento da Luisa, que veio conversar comigo, com o namorado, o Antônio, e elogiou o meu texto. Bacana demais, Foi muito giro. Bué da fixe.



Resolvi postar os vídeos aqui para deixar registrado esse momento especial. Eu lendo, os inesperados aplausos e o tamanho da audiência. Foi mais fácil ler porque, exceto os noivos, eu não conhecia mais ninguém e nem ninguém me conhecia. Eu, a tímida disfarçada, até que me saí bem!



sexta-feira, abril 20, 2018

Onde é o lar?


Dedico esta canção à minha filha Marjorie Schibik. Por mais que a gente mude pra lá e pra cá, nunca se esqueça que você tem um lar aqui do nosso lado. Independente das coisas materiais que deixamos para trás, o que importa é que nosso coração estará sempre aberto pra te receber, em qualquer situação, em qualquer circunstância e em qualquer país. Obviamente o mesmo se aplica ao Tomás Schibik, mas ele já tem um lar bem estruturado e amoroso ao lado da Natália Tozi! O nosso lar é o lugar onde estão as pessoas que a gente ama, nem que não seja propriamente um "lugar físico". E tenho certeza que muitos dos meus novos amigos de infância, aqui de Portimão, identificam-se com o que estou a dizer. Meu desejo hoje é de uma luminosa sexta-feira a todos, daqui e de lá. A quem está longe de casa e a quem está perto do coração.

domingo, março 25, 2018

Porque não posso mais ser sua amiga



Oi, Carla Pontes, tudo bem?

Fui toda feliz e contente nesta tarde ver o seu concerto de voz & acordeão, acompanhada pelo talentoso Gonçalo Pescada, no Convento São José, em Lagoa, no primeiro horário.
Agora, enquanto derramo essas palavras aqui no computador, você deve estar concentrada para entrar no palco pela segunda vez. E enfeitiçar o público de novo. Assim como fez comigo.
Quando cheguei ao teatro (ex-igreja?), os lugares estavam todos ocupados e tive que me contentar em sentar na última fila. Justo eu, que sempre gostei de sentar na primeira.
Mas mesmo lá longe a sua mágica me alcançou, me atingiu em cheio. Imagino o que você não deve ter feito com aquelas pessoas que estavam bem pertinho de você.
Quando você entrou no palco, com seu vestido encarnado, pura emoção, já entendi que aquela apresentação seria especial.
O encarnado cintilante do seu vestido simbolizou todo o amor com que você impregnou aquele ambiente. Dizer que sua voz é angelical seria permanecer no lugar-comum.
Fui ver uma amiga cantar. Mas o que vi foi uma diva, uma deusa, uma fada. Sua voz preencheu cada espaço vazio, cada coração. O repertório traçou uma trajetória em que só estavam autorizadas as músicas de alta qualidade. Quer fossem estrangeiras ou portuguesas. Tudo com uma naturalidade e uma delicadeza comoventes. Parecia tão fácil para você entoar aquelas canções. No entanto, sua voz me transportou para fora daquele espaço, me fez viajar. Eu flutuava acima do meu corpo, no ritmo das músicas. Meus olhos me enganavam, criando uma aura de luz ao seu redor e ao redor do fantástico músico que a acompanhava no acordeão.
Seu sorriso, no intervalo entre as músicas, explicando tudo em português e em inglês, em respeito ao público multicultural que a aplaudia entusiasticamente, nos conduzia de volta ao espaço charmoso do Convento São José.
Porém, como disse no título deste post, infelizmente não posso mais ser sua amiga. Minhas amigas habitam o mesmo Universo que eu. Confuso, corrido, real. Mas você não. Assim como a bailarina, da “Ciranda da Bailarina”, do Chico Buarque, você mora em outro mundo, outro plano, um Olimpo reservado apenas a poucos. Como posso continuar a ser sua amiga? Não vai dar.... Agora, sigo na condição de fã. Gratidão pela sua arte que nos comove, e nos move. Isso sim foi show. Gratidão por ter iluminado minha tarde de domingo! Envio vibrações de muita LUZ e muito SUCESSO na sua trajetória. 

Um beijo.

Da sua ex-amiga,

Silvia  

sexta-feira, março 23, 2018

Porque não gostei do show do Bob Dylan



Tudo na vida é uma questão de balancear a realidade com a expectativa. O show do Bob Dylan, por exemplo. Sempre gostei das músicas dele, sempre o admirei. Portanto, fiquei muito empolgada quando descobri que ele tocaria em Lisboa. Em dezembro do ano passado compramos os ingressos: 3, para que pudéssemos levar a nossa filha também. Porém, realidade e expectativa não se coadunaram desta vez.

Lá fomos nós, bem cedinho, do Algarve para Lisboa, para ver o show à noite e passar o dia com a nossa filha. Claro que na nossa bagagem foi a expectativa de ouvir as canções mais famosas dele. Seria a primeira vez que tínhamos a oportunidade de estar em um show dele ao vivo.

Bem, começou o show. Mas antes mesmo de começar, reparamos que não havia telão. Ou seja, para nós, que conseguimos comprar 3 ingressos por 39 euros cada, no balcão 2, a possibilidade de ter a sensação de simplesmente VER o Bob Dylan já se esvaneceu por completo, antes mesmo de o show começar. No máximo, veríamos uma formiguinha no palco.

Até aí, tudo bem, pensamos que era devido à suposta autenticidade do músico. Vamos lá! Vai ser o máximo quando ele tocar aquelas músicas que desejamos ouvir.

Mas... ele entrou no palco e nem deu um simples "boa noite". Começou a tocar músicas desconhecidas e desanimadas. Uma atrás da outra. Teve um solo do baterista que foi bacana, devo reconhecer. Porém, ele nem ao menos apresentou os músicos, como se faz em todo show. Tocou "Blowing in the wind" no "bis", mas no mesmo ritmo cansado das demais músicas. 

Não falou “Boa Noite, Lisboa!” (nem em inglês). Agradecer, então... nem se atreveu. Nem um “muito obrigado”, nem mesmo um “thank you”!

No site, nada de setlist – o que deu para ver foi que este foi o primeiro show de uma turnê que percorrerá a Europa todinha. Eu só espero que ele não decepcione fãs em todo o continente, assim como me decepcionou.

O show era pobre. Parecia que tinha sido teletransportado diretamente dos anos 60 para o Altice Arena, em Lisboa, sem mudar nada. Nada de luzes, nada de emoção. Foi um show frio. A plateia estava igualmente fria. “Poxa, mas ninguém nem mexe os ombrinhos?”, perguntou minha filha, visivelmente decepcionada.

Bob, sei que você não tá nem aí. Meu marido disse que ele podia até ter tocado de costas para a plateia! Mas acabastes de perder uma fã.

Eu nem esperava que ele tocasse a “nossa” música (“Wedding Song”, pinçada por nós do álbum “Planet Waves”, de 74 – nós nos conhecemos em 75). Mas não teve nem “Forever Young”, do mesmo álbum?? Poxa... Agora a sensação é que precisamos escolher uma outra música para ser “nossa”, porque Mr. Bob, pra mim, você já era. E olha que fui daquelas que o defendeu quando ele esnobou o prêmio Nobel.

Há alguns anos, tivemos a oportunidade de ver o Sir Paul McCartney em Viena e ele tocou com grande prazer e emoção muitas das músicas dos Beatles. Mandou muito bem! Ou seja, não venha me dizer que o Bob estava “cansado” de tocar as mesmas músicas há anos. São as músicas que todo mundo espera, não apenas eu. Desculpe... mas não tem desculpa para esse repertório chato que me deu até sono!

Esta é a minha opinião.
(Nem vou dar ibope para ele publicando foto do show, mesmo porque a antipatia já começou aí. Antes do show, anunciaram em português e em inglês que era terminantemente "proibido" fotografar e filmar - em uma era que todo mundo quer mais a hashtag... Quem fosse pego cometendo esses delitos seria convidado a se retirar!!! Façameofavor.... Estamos felizes na foto, pois foi ANTES do show) 

segunda-feira, março 19, 2018

Você vive me chamando de louca...



Louca, eu??

Pensando bem, sou louca mesmo. Perdi a razão. Sou alienada, doida, maluca.
Sou desprovida de sensatez; insensata, temerária, estroina.
Por vezes, fico repleta de fúria; furiosa, alucinada.
Outras vezes, sou completamente dominada por uma emoção intensa: louca de alegria, choro, me descabelo.
Meu teor é intenso, sou viva, sou violenta: meu amor é louco.
Sigo no rumo contrário à razão; sou absurda: mergulho em projetos loucos.
Não tenho controle sobre mim mesma; sou descontrolada!
Gosto excessivamente de muita coisa; sou apaixonada: sou louca por leitura, livros, palavras, literatura, minha pequena família.
Não ligo para as aparências e adoto um aspecto incomum; não pinto mais meus cabelos, sou anormal. O normal me enfastia.
Não tenho bom senso, nem moderação, nem prudência. Sou imprudente.
Não sou previsível, nem controlada; sou imprevisível.

Qual é a etimologia, a origem da palavra louco? De origem controversa, como não poderia deixar de ser.

Louca é sinônimo de: alienada, doida, maluca, insensata, estroina, alucinada, furiosa, violenta, absurda, descontrolada, apaixonada, imprudente, imprevisível.

Louca é o contrário de: racional, prudente.
Não me identifico com a normalidade. Nunca fui racional e muito menos prudente. Sou intempestiva. Intensa. Inteira. Não preciso medir os passos e nem as palavras.

quarta-feira, março 14, 2018

Sete dicas para atrair o amor verdadeiro



Escrevi este post em homenagem a uma amiga que escreveu uma carta para Deus. Ela sabe que é especialmente para ela. Lá vai!

Nós somos bombardeados o tempo todo por frases comuns que acabam por se tornar verdades universais na nossa cabeça. Uma dessas frases é “ninguém pode ser feliz sozinho”, tem também aquela da tampa e da panela, e uma série de outras no mesmo estilo.
Então, a tendência é que aqueles de nós que estão momentaneamente sozinhos (entenda-se, sem um parceiro ou parceria amorosos) passam a sentir-se pior do que o cocô do cavalo do bandido.
Mas será que precisamos sentir que somos tão miseráveis assim?
Para sair dessa frequência, vamos tentar virar a chavinha dos nossos pensamentos, que os sentimentos virão atrás.

Em primeiro lugar, vamos apreciar a nossa completa, total e absoluta LIBERDADE! Tanta gente gostaria de ter a liberdade que temos quando não precisamos dar nenhuma satisfação para ninguém! Ah, que maravilha.  

Em segundo lugar, vamos parar de olhar para dentro de nós e de nos lamentar com a nossa (falta de) sorte e começar a olhar para aqueles que têm menos ainda do que nós. Mães que perderam os filhos, órfãos, pessoas que não têm teto, ou não têm trabalho, ou que sofreram algum tipo de violência. Ou ainda que estejam com alguma doença incurável. Nenhuma dessas pessoas devem sentir-se abandonadas por Deus, mas, ao contrário, devem ter certeza absoluta que nosso Pai celestial sabe o que é melhor para cada um de nós, que nos arrastamos pesadamente aqui no planeta Terra, com nosso corpo carnal. Na comparação com essas pessoas, estamos até que bem.

Em terceiro lugar, vamos olhar e agradecer por tudo aquilo que existe de bom na nossa vida. E por tudo aquilo, quero dizer tudo mesmo. Tipo os nossos cinco sentidos, nosso corpo, que nos leva daqui para lá, nosso pensamento inteligente que nos faz resolver questões das mais complicadas. Nossa força para resistir às “tentações”! Uma das tentações mais difíceis de resistir é a de nos considerarmos “vítimas” e nos entristecermos com a “falta” daquilo que ainda não temos, no momento. Eu queria tanto... um parceiro, uma promoção, um filho, uma casa nova, uma viagem, etc. etc. etc. Somos humanos e, por isso, estamos sempre a desejar alguma coisa que nos falta. Isso é muito natural.

Mas a Lei da Atração já foi muito explorada e explicada. Portanto, para atraímos aquilo que nos falta, o que temos a fazer é nos sentirmos felizes já, sentirmos que quilo que nos “falta” já faz parte da nossa vida. A dica de ouro é: abra um espaço na sua vida, na sua casa, no seu coração para esta pessoa e ela surgirá. Elimine imediatamente todas as crenças limitantes da sua mente (eu não mereço, não sou bonita, ninguém olha pra mim etc...) Como fazer isso?

1)      Tenha um espaço vago na sua cama, compre um travesseiro novo, extra, para essa pessoa.
2)      Enfeite sua casa com flores e deixe sempre um espaço vago à mesa para o caso de chegar alguém para te fazer companhia. Cuide de você e do seu espaço com carinho e atenção. 
3)      Procure no passado. Conheço um monte de histórias de amores resgatados do passado e já escrevi sobre isso no blog.  
4)      Para desbloquear o fluxo do amor, ame mais. Sabe aquilo de amar o próximo? Quem é o próximo? É a pessoa que está ao nosso lado em todos os momentos. Olhe para o seu lado, procure identificar se você pode ser útil para quem está do seu lado, em cada momento. Sabe aquela conversa dos escoteiros, de fazer uma boa ação por dia? Você vai se surpreender ao descobrir que pode sim ser útil nas mais singelas ocasiões.
5)      Estude o feng shui e descubra onde é o canto do relacionamento na sua casa e no seu quarto. Use as ferramentas que estão à sua disposição para energizar este canto (objetos em pares, cores rosa e vermelho, o que simboliza o amor para você)
6)      Não fique parada. Entre em sites de relacionamentos, procure essa pessoa no setor de livros de viagens em uma livraria, descubra como é a pessoa que você gostaria de ter na sua vida e tente ir aos lugares onde ela iria, entenda melhor quais seriam os assuntos pelos quais ela se interessaria... Seja proativa.
7)      Acredite ardentemente que a pessoa que você deseja também a deseja, que você merece encontrá-la e ela a você. Que você tem as qualidades que ele procura e vice-versa. Confie no Universo, que o Universo fará a sua parte.

As doídas saudades...



Aqui é o paraíso. O único problema são as saudades.

Como explicar esse sentimento? Essa palavrinha que só existe em português?
Saudades são como espinhos que pinicam a alma. São como fios invisíveis que te prendem a outro lugar, a outras pessoas, a outros cheiros.
Saudades são como uma falta. Uma falta concreta de uma presença determinada do seu lado.
Saudades são pequenas lembranças de fatos corriqueiros que só podem acontecer em determinado local, em determinado tempo, em determinado contexto, com determinadas pessoas.
Saudades são ansiedades da alma, é uma batida mais forte do nosso coração.
Saudades são como ventos quentes que nos trazem memórias de um tempo que não volta mais.
Saudades são como uma doença sem remédio.
São como uma poesia sem rima.

O pior de tudo é que não adianta se locomover no espaço para tentar curar as saudades. Porque quando você for para lá, ficará com saudades daqui.

Saudades... uma dor que só dói no peito de quem sente.

quarta-feira, fevereiro 14, 2018

Sobre o dia dos namorados


No Brasil, o dia dos namorados é 12 de junho, mas na Europa e nos Estados Unidos é hoje, 14 de fevereiro, dia de São Valentim. Alguém descobriu que frio combina melhor com namoro, por isso, a data é sempre comemorada no frio, quer seja no hemisfério norte ou no sul.

Eu já ganhei meu presente, que não foi propriamente um presente. Foi um abraço bem gostoso e quentinho antes que eu acordasse hoje pela manhã. Me senti realizada e confortável. Foi um ótimo presente. Depois de 43 anos de parceria, a gente fica menos exigente. Não nos interessam mais os jantares românticos, cheios de salamaleques e em geral muito caros. Não nos interessam as joias... depois de viver aqui no planeta Terra durante mais de meio século, a gente finalmente aprende que as coisas mais valiosas não são coisas.

Nenhuma coisa material é capaz de nos fazer felizes. Por isso, passei a colecionar pequenas felicidades nos meus potes de vidro, no decorrer dos anos, como já disse aqui no Consulta Sentimental

Todo esse blá-blá-blá é para desejar a toda a minha meia dúzia de leitores um Feliz Dia dos Namorados. Aprendam a valorizar as coisas realmente importantes. A verdadeira chave da felicidade é descobrir que é mais bacana dar um presente (material ou não) do que receber. Quando a gente entende isso, nossa vida instantaneamente se torna mais feliz. E isso vale também para quem não tem namorado, ou namorada. Pare de pensar em só receber e procure maneiras de dar/doar seu tempo, seu carinho e sua atenção. A um "prospect" (como diz minha amiga Estela), ou a um amigo ou amiga, um vizinho idoso e solitário, uma criança, um desconhecido. Tenho certeza que dá certo. Depois, me conte.

terça-feira, fevereiro 06, 2018

Sobre o direito à tristeza


Nos dias de hoje, todos nós nos sentimos obrigados a sempre nos mostrarmos felizes, seguros, bem-resolvidos, poderosos, vencedores. Mas às vezes, bate uma tristeza... o que fazer? Disfarçar com aquele risinho amarelo? Lutar e combater esse sentimento? Eu acho que não. Acho que temos direito a ficar tristes de vez em quando. Não devemos nos entregar à tristeza e nem nos acomodarmos a ela. Mas temos o direito de ficar tristes sim de vez em quando. De nos fechar para balanço, de nos recolher, nos preservar.

Nesses momentos, temos que entender que nós somos a nossa melhor companhia. Podemos olhar para dentro e buscar as nossas qualidades, relevar os defeitos, dormir. Sei lá... de vez em quando dá vontade de deitar debaixo das cobertas e ficar lá bem no fundo, no quetinho, esperando a tristeza passar.

Ela vai passar. Ela tem que passar. Não pode se instalar do nosso lado e pronto. Não podemos achar que ela é uma boa companhia, uma boa conselheira.... Não.

Mas de vez em quando, sim. Não adianta lutar e nem mesmo tentar disfarçar. Ela tá ali e nos olha bem no fundo dos olhos. Procurando uma lágrima, uma fraqueza qualquer... E penetra ali, atinge o nosso coração, que começa a doer.

Só sei que temos que tentar sair depressa disso. Não sei como, mas precisamos....

Nem que seja comendo chocolate.

quarta-feira, janeiro 24, 2018

Para ela, com amor

De vez em quando, o Consulta Sentimental tem a enorme honra de receber um dos primorosos textos da amiga Luciana Praxedes, que nos brinda com seu imenso talento literário. Segue mais um dos seus contos. Delicie-se.

Para ela, com amor

Ela prometeu que não escreveria. Que não faria contato, que não provocaria. Prometeu para ela e para você. Mas cada palavra atravessada, cada olhar cruzado, cada verbo seco a fizeram ter coragem de escrever para contar que ela sabe que chegou ao fim. Que ela sabe do silêncio. Ela sabe que você não é mais. Não está mais.

Por isso ela empacotou as caixas. As caixas de boas lembranças. São suas agora, se você quiser. Você não quis conversar, não quis explicar. Ela entende. Por isso pode levar. Leve cada caixa e faça o que quiser com elas, pois ela já guardou tudo em seu devido lugar. Na proporção que merece ter. Cada sorriso, cada beijo, cada lágrima. Tudo guardado, cuidadosamente. Está tudo aqui. Sempre estará.

Ela sabe que tudo foi do jeito que tinha que ser. Ela queria ter falado, ter gritado, ter tido a chance de compreender. Mas ela percebeu que seria inútil ignorar o fim. Deve ser por isso que o fim guarda uma espécie de serenidade que só acontece quando as lágrimas secam, quando já não há esperança de reverter o final do filme. O fim é esgotar as alternativas, é não acreditar em desculpas. É encaixotar cada memória. É deixar doer.

Fique com elas. Fique com as boas lembranças. Abra cada caixa com cuidado e com zelo. Com amor. Guarde-as, por favor. Mas apenas se quiser. Ela e você têm uma vida inteira para preencher novas caixas. Para gostar. Para desgostar. Para sofrer. E gostar de novo. Fique bem, porque ela, um dia, também se sentirá melhor...


Luciana Praxedes
14 de janeiro/2018

sábado, janeiro 06, 2018

Onde foi que eu errei?


Não existe na face da Terra uma mãe (ou um pai) que algum dia não tenha se feito essa pergunta.
Quando a gente vê o filho (ou filha) sofrer, sem conseguir ajudar. Quando a gente sente o filho (ou filha) revoltado ou triste, ou com a autoestima abalada, ou inseguro, ou fraco diante dos problemas da vida. A gente se pergunta: "onde foi que eu errei?"

Filhos podem crescer, virar adultos, ter seus próprios filhos e, ainda assim, sempre serão aqueles nossos bebês que amamentamos, acalentamos, carregamos no colo, cuidamos dos machucados e das doenças infantis. Eles sempre serão aquelas crianças que nos deixavam de cabelo em pé quando faziam birra ou tiravam notas baixas na escola.

Tudo o que os pais querem e desejam do fundo da alma é que seus filhos sejam felizes.

Mas, de repente, sua filha te diz que quer ficar 10 dias sem falar com você. Pronto! Seu coração instantaneamente se despedaça em mil caquinhos. Colar tudo de novo é difícil. e aí que você se pergunta: "Meu Deus do céu, onde foi que eu errei?"

Não, minha amiga, meu amigo. Você não errou. Você deu o seu melhor na tarefa da paternidade (ou maternidade). Ele (ou ela) precisam de um tempo. O tempo de uma fruta amadurecer, crescer longe do seu controle, da sua energia. Na prática, você teve apenas uma lição de como ser pai (ou mãe), que foi sendo você o filho (ou a filha). Você só tem suas opções: ou repetir tudo o que seus pais fizeram com você, ou fazer tudo diferente. Se quiser fazer tudo diferente, lá se lançará você nessa aventura maluca da paternidade (ou maternidade), sem saber muito bem se suas palavras e atitudes serão as certas, as melhores, as mais adequadas.

Você se esforça. Você quer que seu filho, sua filha, seja uma pessoa vencedora, que se dê bem na vida. Mas hoje em dia, o próprio conceito de se dar bem ou do que é ser um vencedor, é muito relativo.

Nós, brasileiros, somos muito influenciados pela cultura norte-americana e eles adoram falar em "loosers" e o que você mais teme é que seu filho (ou sua filha) se tornem um looser na vida. Mas o que é um looser? Se for uma pessoa que não tem aquele emprego top em uma multinacional, mas que faz o que gosta e não tem tanta necessidade de bens materiais assim, ok! Não é um looser. E não me venha com aquele papinho de flechas que você lança para o mundo, porque isso pode ter funcionado no século passado. Hoje em dia, as coisas são muitíssimo mais complicadas.

Se você leu tudo até aqui, esperando alguma conclusão neste texto, sorry. Ainda não tenho conclusão nenhuma. A situação está a acontecer neste exato momento e o meu blog é a mesma coisa que aqueles diários de chavinha dos anos 70. Serve para eu "desabafar" e tentar botar as ideias no lugar.

E você, como faz nessas horas em que seu filho (ou sua filha) diz que você é muito dramática (ou dramático) e que você só sabe fazer perguntas, ou cobranças?? Como interagir com essa criatura que saiu de dentro das suas entranhas (ou de dentro das entranhas da sua mulher) e que você só quer uma coisa: que ele (ou ela) seja feliz?

Diz aí!

quarta-feira, janeiro 03, 2018

Sandra


Como foi legal conhecer a Sandra pessoalmente! A sensação é que a gente já se conhecia, pois mantivemos muita interação virtual em um período de uns 12 anos, por aí, conforme o que calculamos. Imagine você... meu blog nasceu em 2003. De lá para cá, passou por várias fases, mais ou menos ativas da minha parte. Só mesmo o que nunca consegui fazer foi parar de escrever.
E o ato de escrever aqui no blog só tem me trazido coisas e pessoas boas, ou melhor, ótimas!

Adorei conhecer a Sandra, que me presenteou com o livro "Causos" para rir e Coisas para refletir 2, da Aracy Miranda Costa e Eny Miranda Santos. A literatura corre nas veias dessa família. Muito bacana mesmo!

Parecia até que eu já conhecia o Matthias e o Daniel (marido e filho), de tanto que vi fotos pela internet. Para quem me diz que internet é algo ruim, eu respondo que depende. É como a rua. Você tanto pode encontrar pessoas do bem, como pessoas do mal. Melhor confiar na intuição, se proteger, minimamente, e aproveitar o que tem de bom.

Nós nos encontramos algumas vezes, apresentamos lugares imperdíveis daqui da nossa nova cidade e eles adoraram. Precisa ver o Daniel saboreando o "nosso" pastel de nata! Foi mesmo muito legal. A Sandra contou que quando ele gosta muito de uma coisa de comer, ele sente arrepio! E com o pastel de nata não foi diferente.

Imagine que o Matthias fala português! Achei o máximo, a comunicação fluiu muitíssimo bem e passamos momentos muito agradáveis juntos. Conheci ainda a Ana Letícia, a sobrinha que está a estudar na Alemanha, e a irmã da Sandra, a Renata, o marido Roland, e os filhos Dominic e Viola. Uma turma muito animada.

O por do sol a partir do Club Nau, em Ferragudo, ao som da Daddy Jack Band, foi especial. Todos gostaram muito do programa. Também estiveram no restaurante Dona Barca e no Cloque ao Mar. Mas o lugar de que mais gostaram foi a lanchonete Merendeira, quase defronte ao Hotel Casino, onde se hospedaram. Espero que o chá que tomamos aqui em casa também esteja entre o top 10 da viagem deles.

A sensação de morar onde as pessoas vêm passar as férias é absolutamente fantástica! Mas o mais importante de tudo é mesmo o fortalecimento de uma amizade, que se solidifica e que tem tudo para se multiplicar em mais passeio e em mais viagens.

Pra finalizar, uma frase em italiano, vista em uma livraria, no aeroporto de Roma, atribuída ao John Steinbeck: "Le persone non fanno i viaggi, sono i viaggi che fanno le persone". Tudo a ver.